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Prefeitura apresenta projeto de criação de 1.420km de ciclovia até 2028

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Leon Rodrigues/SECOM)

A proposta prevê a criação de mais de 1.420 quilômetros de rede cicloviária até 2028

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, apresentou na última sexta-feira (3) o plano cicloviário da cidade com o objetivo de garantir a melhoria da mobilidade e maior conexão entre os diferentes modais de transportes.

O projeto prevê ampliação da rede cicloviária e conexão a terminais de ônibus e estações de metrô e trem; requalificação e criação de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, levando-se em conta as características e volume de tráfego da via; implantação de estruturas de acalmamento de tráfego onde forem implantadas ciclorrotas (rua compartilhada por carros e bicicletas) e melhoria da infraestrutura de apoio ao ciclista (bicicletários, paraciclos).

O novo plano busca reconhecer definitivamente a bicicleta como modo de transporte, por meio de uma rede cicloviária abrangente, segura e integrada. Atualmente, a cidade de São Paulo conta com aproximadamente 498 quilômetros de malha cicloviária permanente. Até 2028, a previsão é de ter mais 1.420 quilômetros de rede cicloviária.

“O novo plano vai trazer racionalidade ao sistema. A ampliação da malha cicloviária será feita de forma gradativa, atendendo as necessidades da população. O objetivo é tornar a utilização da bicicleta uma alternativa segura, além de oferecer conectividade a vias estruturais e o sistema de transporte público” avalia o prefeito Bruno Covas.

O plano prevê uma melhor hierarquia da rede cicloviária, considerando as características da cidade e o volume de veículos motorizados na via:

Rede Estrutural: É composta pelas principais ligações cicloviárias da cidade, com percursos maiores. É formada principalmente pelos eixos: Norte, Sul, Leste e Oeste, e dois anéis: o maior, o Minianel Viário, composto pelas marginais, avenidas dos Bandeirantes, Tancredo Neves, Juntas Provisórias e Salim Farah Maluf; o anel menor, na região Central, chamado de “Rótula”, além de uma rede que permeia toda da cidade. A rede estrutural será constituída prioritariamente por ciclovias, ou seja, vias segregadas do leito em que circulam os carros, como já ocorre, por exemplo, na Av. Faria Lima.

Rede Regional: Compõem-se de estruturas de ligações entre comércio, serviço, transporte e lazer com a função de conexão entre os eixos estruturais. A rede regional será composta predominantemente por ciclofaixas.

Rede Local: Vias que conectam a rede regional aos bairros e às áreas de interesse local. Será constituída preferencialmente por ciclorrotas, em ruas que possuem baixo volume de veículos e receberão tratamento para acalmamento de tráfego – intervenções na geometria da via que induzem à redução de velocidade, como a construção de lombofaixas, faixas de pedestres elevadas.

O secretário Municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, defende o estímulo do uso da bicicleta como alternativa para parte dos deslocamentos dos paulistanos. “Queremos dar a máxima utilidade às ciclovias existentes, promovendo a interligação da malha cicloviária com terminais de ônibus, do Metrô e da CPTM”.

João Octaviano destaca que o novo plano cicloviário também prevê a implantação de infraestrutura para que o ciclistas possam guardar sua bicicleta e utilizar o transporte público. Além dos terminais da SPTrans que já possuem bicicletários, a proposta é incentivar a instalação desses equipamentos em estações da CPTM e do Metrô, para que o ciclista possa fazer o restante de sua viagem utilizando outro modal de transportes.

Requalificação de estruturas no 2º semestre de 2018

  • Ciclofaixa Costa Carvalho – implantar ciclofaixa conectando ao Terminal Pinheiros;
  • Eixo Estrutural Norte – projetar ciclovia conectando o centro à Zona Norte;
  • Ciclofaixa Fernandes Moreira – substituir por ciclofaixa Alexandre Dumas;
  • Ciclofaixa Vila Prudente – substituir por ciclovia Luis Ignácio de Anhaia Melo;
  • Ciclofaixa Lopes de Azevedo – substituir ciclofaixa por ciclorrota com acalmamento de tráfego;

Benefícios

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes defende o estímulo ao uso de bicicletas como meio de transporte, por meio de conexões, como uma forma de ganho para a saúde da população e agilidade no dia a dia. Além de reduzir a emissão de CO2 a partir da troca do uso de veículos motorizados por bicicletas, traz benefícios para a saúde, reduz custos com internações pelo SUS e diminui o tempo dos deslocamentos.

De acordo com uma pesquisa inédita do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento – CEBRAP, se a atividade física da população da cidade se espelhasse à dos ciclistas, os gastos no SUS com doenças do aparelho circulatório e diabetes no município de São Paulo reduziriam em 13%. O levantamento também aponta que, levando-se em consideração que 11% das viagens de automóvel têm até 8 km (idas e voltas do trabalho), se o motorista trocasse o automóvel pela bicicleta, o tempo de viagem seria 26% mais rápida, ou seja, uma economia de 9 minutos por pessoa por dia, em média.

Audiências públicas

Também está prevista a realização de audiências públicas nas 32 Prefeituras Regionais da capital para apresentar e promover o debate das propostas com a sociedade.

Mais informações sobre a malha cicloviária estão disponíveis no site da CET.

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