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Projeto de lei quer levar bicicletas que geram energia elétrica limpa para praças e parques de São Paulo

Equipamentos são capazes de gerar de 50 até 500 watts por hora, podendo gerar economia de gastos com energia elétrica que alimenta iluminação pública desses espaços. Somente em 2015, Prefeitura pagou R$ 183 milhões por consumo de energia da iluminação pública para a AES Eletropaulo

O vereador Rinaldi Digilio apresentou nesta segunda-feira (20) o Projeto de Lei nº 142/2017, que propõe a criação do Programa Municipal Pedalando e Gerando Energia Limpa em São Paulo. O objetivo da proposta é promover a implantação e instalação de bicicletas ergométricas geradoras de energia elétrica nas chamadas academias ao ar-livre, existentes em praças e parques da capital paulista.

Esses equipamentos, a medida em que são pedalados, produzem energia elétrica limpa que pode ser utilizada instantaneamente ou armazenada para reutilização posterior. Essas bicicletas podem produzir de 50 até 500 watts por hora de uso, variando de acordo com o modelo ou fabricante, mas com capacidade de alimentar a recarga de 100 celulares, dez notebooks ou cinco Tvs Led de 32” funcionando durante uma hora.

O projeto pretende, além de incentivar a prática esportiva em São Paulo, também gerar economia de recursos públicos, utilizando a energia limpa gerada pelos equipamentos para, por exemplo, alimentar as lâmpadas dos espaços onde elas seriam instaladas.

Em 2015, os paulistanos pagaram R$ 313 milhões para a Prefeitura de São Paulo, por meio da Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (Cosip), cobrada por meio das contas de energia elétrica e que serve para custear serviços de manutenção, ampliação e também o consumo de energia elétrica dos postes da capital paulista. Somente com consumo, ou seja, gasto com energia elétrica para alimentar a iluminação pública, incluindo a de parques e praças, a Prefeitura pagou R$ 183 milhões para a AES Eletropaulo em 2015. Foram consumidos cerca de 540 milhões de kilowatts/hora.

Na maioria dos espaços públicos, a cobrança sobre a iluminação é feita de forma estimada, ou seja, número de lâmpadas por tempo que permanecem ligadas e o consumo de cada ponto de luz. Com as bicicletas geradoras de energia, o valor poderia ser reduzido.

“Não há combinação melhor do que incentivar a prática de exercícios físicos e gerar energia elétrica para sua cidade ao mesmo tempo. Energia elétrica limpa, que pode gerar redução de custos para a Prefeitura, pois parece que não, mas os cidadãos pagam e caro pela iluminação pública, muitas vezes, de forma estimada. Se em escala reduzida, esses equipamentos conseguirem suprir entre 10% a 25% da energia elétrica dos pontos onde forem implantadas será um ganho inestimável”, disse o vereador Rinaldi Digilio.

Como 90% da produção de energia no Brasil depende das usinas hidroelétricas, em tempos de escassez, o uso das termoelétricas, nocivas ao meio ambiente, é ampliado. “Essa questão é central, porque apesar da escala menor, é uma forma de testarmos alternativas de produção de energia limpa para locais menores”, afirmou o vereador.

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