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Trem Intercidades a Campinas fará em 64 minutos viagem de 3h com transporte coletivo

O trajeto entre São Paulo, Jundiaí e Campinas vai ser facilitado com a chegada do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte. A chegada do Trem Intercidades Eixo Norte à Campinas marcará o retorno do trem de passageiros após 28 anos na região.

O projeto de Parceria Público-Privada prevê um trem expresso de média velocidade ligando a cidade à capital paulista (TIC), além do Trem Intermetropolitano (TIM) saindo de Jundiaí e indo até a cidade campineira e a requalificação da Linha 7-Rubi, hoje gerida pela CPTM. O leilão de concessão do projeto ocorreu no dia 29 de fevereiro, com a vitória do Consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos.

Símbolo histórico de Campinas, a Estação Central recebeu a última viagem de trem de passageiros em 2001. No ano seguinte, o local se transformou em um equipamento cultural do município. A previsão é de que o TIM, chamado de “trem parador” e que vai ligar Jundiaí e Campinas, passando por Louveira, Vinhedo e Valinhos, fique pronto em 2029. Já o TIC começará a operar em 2031.

Atualmente, a população de Campinas pode matar a saudade do transporte ferroviário apenas por meio do passeio turístico de Maria Fumaça que ocorre aos sábados e vai até Jaguariúna.

RESGATE HISTÓRICO
A volta do trem de passageiros para Campinas significa o resgate de um símbolo da região, que se desenvolveu economicamente a partir das ferrovias construídas para o transporte do café, principal atividade econômica de São Paulo entre os séculos 19 e 20. Além do transporte de carga, os trens se transformaram no principal meio de locomoção da população local. E assim permaneceu por décadas.
“Essas companhias foram muito importantes para essa região do interior”, afirma Cristina de Campos, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp.

Com as ferrovias, as cidades do entorno passaram a abrigar oficinas para a produção e montagem de equipamentos, além de manutenção das locomotivas. “As oficinas se tornam estabelecimentos fabris muito importantes em cidades como Jundiaí e Campinas, que começam a concentrar uma série de serviços e trabalhadores no entorno, ganhando outro dinamismo econômico”, conta a pesquisadora.

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