Com um dia a dia cada vez mais corrido e atarefado é muito comum esquecer alguma coisa pelo caminho. Mas, às vezes, esses esquecimentos frequentes podem ser sinal de um nível mais grave de estresse, ou então de depressão, e até mesmo de alguma doença neurológica.
A memória é o armazenamento de informações e fatos obtidos por meio de experiências vividas ou até mesmo ouvidas. Ela está intimamente ligada à aprendizagem e também ao emocional – por isso algumas memórias são mais marcantes do que outras. Os sentidos estão intimamente ligados à memória. Isso porque é por meio deles que experimentamos os fatos e informações que ficarão armazenados na memória. Assim, um cheiro, uma música ou uma imagem pode evocar as mais diversas lembranças.
Estresse e ansiedade
A memória é fortemente influenciada por fatores afetivos e psicológicos. Assim, os estados afetivos, o humor ou a emoção alteram o processamento das informações.
O estresse e a ansiedade são dois grandes inimigos da memória. O excesso de estresse não apenas dificulta a concentração e a atenção, como também interfere no próprio processo de aquisição e formação de novas memórias. A ansiedade também pode alterar este processo, principalmente por comprometimento da atenção.
Envelhecimento
O envelhecimento pode trazer um pequeno deficit de atenção, de concentração, de armazenamento de dados atuais. Mas isso não significa que todas as pessoas mais velhas tenham problemas de memória. O envelhecimento saudável, mantendo-se ativo, contribui para que a memória também se conserve saudável e ativa.
Sinal de alerta
Quando os esquecimentos são muito frequentes, especialmente quando a pessoa passa a esquecer fatos e informações que costumava lembrar com facilidade, é bom ficar atento, pois pode ser um sinal de síndrome demencial. As síndromes demenciais são a perda ou redução progressiva das capacidades cognitivas – ou seja, do processo que envolve atenção, percepção, raciocínio e linguagem, e especialmente a memória.
Esquecimentos persistentes de fatos recentes, recados, compromissos, dificuldades com planejamento de atividades, cálculos, controle das finanças, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade de executar tarefas rotineiras e alterações de comportamento são os primeiros sinais da doença de Alzheimer.
Caso esse quadro se repita com frequência, é importante buscar ajuda especializada.
Porém, existem também outras doenças que podem afetar a memória. Os ‘derrames’ ou isquemias, diabetes, abuso de álcool e outras drogas, deficit de vitaminas (hipovitaminose b12), doenças da tireoide (hipotiroidismo), infecções do cérebro, doenças do fígado e rim, e mesmo excesso de medicamentos que a pessoa usa (anti-hipertensivos, antibióticos, anticolinérgicos etc.) podem afetar a memória.
Ativando a memória
Ler é um dos melhores exercícios, mas não é o único. Outras atividades que estimulem o cérebro a pensar também contribuem para estimular a memória como xadrez, jogos de cartas, dama, palavras cruzadas, caça-palavras, videogames e quebra-cabeça, entre outros.
Manter o corpo saudável também contribui muito para a saúde da memória. Ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios e procurar ter uma boa qualidade de sono são fundamentais.