O Ministério da Saúde vai antecipar a vacinação contra a gripe (causada pelo vírus influenza) para o final de março. A campanha, que tradicionalmente só ocorre entre abril e maio, já deve começar no dia 25 de março. A decisão veio após se constatar um aumento na circulação de vírus respiratórios.
“Desde o ano passado, estamos observando uma antecipação de circulação de vírus respiratórios em geral. Então, esse ano nós vamos antecipar a campanha para proteger a população, principalmente os idosos, as gestantes, os profissionais de saúde, da educação e todas as pessoas que são elegíveis, para que a gente possa estar com a população protegida antes do inverno”, explicou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, em comunicado. Esses vírus costumam circular em maio, junho e julho.
Outra preocupação da pasta, é de que a circulação de vírus respiratórios ocorre em paralelo a um avanço nunca antes visto da dengue – o País se aproxima da marca de 1 milhão de casos prováveis. O início dessa doença é bastante inespecífico e, por isso, ela pode ser confundida com a gripe – embora a dengue não envolva a presença de sintomas respiratórios.
A pasta negociou a entrega antecipada das vacinas, que estão previstas para serem distribuídas a partir do dia 20 de março. O imunizante utilizado é o trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação. Ele protege contra os principais vírus em circulação no Brasil, de acordo com a pasta.
O ministério quer vacinar 75 milhões de pessoas. A vacina contra o vírus influenza pode ser administrada junto a outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação, reforçou a pasta.
QUEM PODE SE VACINAR?
*Crianças de 6 meses a menores de 6 anos; *Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos; *Trabalhadores da Saúde; *Gestantes; *Puérperas; *Professores dos ensinos básico e superior; *Povos indígenas; *Idosos com 60 anos ou mais; * Pessoas em situação de rua; * Profissionais das forças de segurança e de salvamento; * Profissionais das Forças Armadas; * Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); * Pessoas com deficiência permanente; * Caminhoneiros; * Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); * Trabalhadores portuários; * Funcionários do sistema de privação de liberdade; * População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
As crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez precisam tomar duas doses. O intervalo é de 30 dias.