Iniciativa também tem como objetivos promover a inclusão e a integração de pessoas vindas de outros países
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME), assinou na última quarta-feira (20) acordo de cooperação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para o lançamento do Programa Clube Amigo do Refugiado.
A iniciativa, que acontece no Dia Mundial do Refugiado, tem como objetivos incentivar neste público a prática esportiva e promover sua integração e inclusão. A data mostra a importância de acolher as pessoas que precisaram deixar seus países devido a guerras, perseguições e violações de direitos humanos.
“Este programa é uma forma de integrar e acolher melhor os refugiados por meio do esporte na cidade, que já oferece uma série de iniciativas e é pioneira nesse tema. São Paulo se orgulha de ter sido construída por inúmeros imigrantes que para cá vieram e transformaram a cidade na força e na pujança econômica que é hoje e nada mais justo do que acolhermos essas pessoas num momento de dificuldades”, disse o prefeito Bruno Covas.
Primeiramente, o programa será implantado em regiões prioritárias como Sé, Itaquera, Penha, Mooca, Vila Prudente, Aricanduva, Vila Formosa e Carrão. Outras regiões devem receber o programa posteriormente.
Os funcionários dos clubes passarão por treinamento e capacitação para promover a rápida adaptação das pessoas refugiadas. Os equipamentos receberão, por exemplo, placas com mensagens de boas-vindas em cinco idiomas: português, inglês, francês, espanhol e árabe.
Para tirar a carteirinha e poder aproveitar os espaços, basta apresentar o Documento Provisório de Registro Nacional Migratório, o Protocolo de Solicitação de Refúgio ou a Carteira de Registro Nacional Migratório.
“Estamos sempre preocupados em acolher todos os cidadãos e queremos contribuir para uma política efetiva de apoio aos refugiados que procurarem por atividades físicas e lazer nos centros esportivos”, afirma Jorge Damião, secretário municipal de Esportes e Lazer.
A expectativa é realizar ações efetivas e direcionadas que vão de encontro com o Programa de Metas da Secretaria do Esporte, que é aumentar em 20% a taxa de atividade física na cidade, e o Projeto São Paulo Cidade Ativa, de alcançar 30% a mais de participantes nos programas de atividade física orientada e crianças e adolescentes ativos no Programa Clube Escola.
Os 46 centros esportivos da Secretaria contam com a estrutura de campos de futebol, ginásios esportivos, quadras poliesportivas abertas, piscinas, quadras de tênis, cancha de bocha, playgrounds, brinquedotecas, salas de ginástica e salão de jogos. Esses espaços buscam oferecer diversas atividades para saúde, bem-estar, lazer e recreação, e estão distribuídos em todas as regiões da cidade.
Segundo Abdulbaset Jarour, refugiado sírio e coordenador da Copa dos Refugiados, a iniciativa é muito importante por diminuir a burocracia para o acesso aos clubes, uma das principais dificuldades que eles encontram para se adaptar ao novo país. “O esporte é uma linguagem universal e uma maneira muito boa de nos integrarmos na sociedade”, afirmou.