O projeto que prevê a privatização da Sabesp foi aprovado nesta quarta-feira (6) pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) após uma sessão marcada por tumulto que culminou na suspensão da discussão.
O texto recebeu 62 votos favoráveis e um contrário. Para ser aprovado, o PL precisava de maioria simples dos votos dos presentes. Os deputados da oposição abandonaram a sessão depois do confronto entre a Polícia Militar e manifestantes.
A desestatização da Sabesp foi colocada como uma das prioridades do atual mandato do governo estadual que detém 50,3% das ações da empresa. Com a privatização, a participação estadual seria reduzida para um percentual entre 15% e 30%.
Para o governo, isso permitirá que o estado ainda mantenha poder de veto, ganhe espaço para criar um fundo para universalização do saneamento e siga adquirindo ações. Já para a iniciativa privada, privatizar significa aumentar a base acionária e o patrimônio, além de ter controle indireto da companhia.
OPOSIÇÃO
Grupo contrários temem que a privatização da Sabesp prejudique a população mais vulnerável, pois a oferta de saneamento pode ficar condicionada a lucratividade.
Durante as discussões da proposta na Alesp nesta semana, deputados da oposição argumentaram que não ficou claro a quantidade de ações que serão vendidas e nem qual o valor total da Sabesp.
A proposta tem gerado protestos e até grupos de funcionários da própria Sabesp se manifestaram contrários.