A febre amarela voltou a ganhar os holofotes graças a confirmação, no fim de semana do dia 21 de outubro, de que um macaco encontrado morto no parque do Horto Florestal, na zona norte de São Paulo, tinha o vírus.
De lá para cá, milhares de paulistas que moram na região foram vacinados – e o governo estadual pretende imunizar pelo menos 1 milhão de habitantes dessa parte da cidade.
O ser humano é contaminado acidentalmente, quando vai para áreas rurais ou silvestres que tem a circulação da febre amarela. O ciclo da Febre Amarela Urbana (FAU) envolve o homem e tem como vetor principal o Aedes aegypti.
Caso você tenha viajado para alguma área de risco de transmissão no Brasil ou para Cidades do Estado de São Paulo, fique atento. Os sintomas aparecem, geralmente, 3 a 6 dias após a picada do mosquito transmissor infectado, mas podem levar até 15 dias para ocorrerem. Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.
Após a infecção pelo vírus pela picada do mosquito transmissor infectado, a doença leva, em média, até 15 dias para o surgimento dos primeiros sintomas, que incluem:
- Febre de início súbito;
- Calafrios;
- Dor de cabeça;
- Dores nas costas;
- Dores no corpo em geral;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Fadiga;
- Fraqueza;
- Icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos);
- Sangramentos.
Vale ressaltar que o estado inteiro de São Paulo contabiliza 22 casos e 10 mortes por febre amarela. E nenhum representa um “caso urbano” – ou seja, transmitido dentro de grandes centros urbanos.
O que devo fazer se apresentar os sintomas?
Procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem ou deslocamento para área de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas.
O tratamento é sintomático, com repouso e com hidratação. Nas formas graves, o paciente pode necessitar de Unidade de Terapia Intensiva. Salicilatos devem ser evitados (ex. AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de hemorragias.
Vacinação – quem não deve tomar?
Salvo outra indicação do médico, alérgicos ao ovo, pessoas com imunidade baixa (portadores de HIV, por exemplo), transplantados ou pacientes submetidos à quimioterapia ou radioterapia.
Gestantes e mulheres que estão amamentando crianças com menos de 6 meses precisam conversar com o profissional de saúde.
Além da vacinação, convém passar repelente e adotar outras medidas que evitam a picada do mosquito. Atualmente, há registro apenas de transmissão pelos mosquitos Sabethes e Haemagogus, que levam o vírus da febre amarela do macaco para o ser humano.
Mas é possível que o Aedes aegypti pique um indivíduo infectado e transmita a doença – seria a chamada urbanização da febre amarela, o que não ocorrre há décadas no Brasil.